segunda-feira, 18 de abril de 2011

e...muito carinho meu.

(...)
Em um dos meus futuros textos, terá essa frase: ficar triste não muda nada, apenas você que ficará triste. Eu gosto dela, não sei se li em algum lugar, eu acho que eu que a criei. Como acho ela bem legal e não confio na minha capacidade de produzir, talvez tenha lido. Sei que tive uma época em que eu passei alguns meses triste e depois eu vi que o mundo não pára, nada mudou... não é como num filme onde isso influência as pessoas. Simplesmente a vida continuou e eu fiquei lá, triste... meio Hakuna Matata isso tudo.
Um dia minha coinquilina tava triste e eu falei essa frase e realmente acredito nela. Acho que estar triste é uma coindição inevitável, mas ficar lá, sentadinho esperando que a campainha toque e tudo mude não funciona... é mais interessante lutar contra a tristeza.
(...)
Antes de vir, uma pessoa extremamente carinhosa me mandou esse texto dentro do seu e-mail de despedida. Gosto muito dele, não o conhecia. 
(...)
“Desejo a você...
Fruto do mato, cheiro de jardim, namoro no portão, domingo sem chuva, segunda sem mau humor, sábado com seu amor, filme do Carlitos, chope com amigos, crônica de Rubem Braga, viver sem inimigos, filme antigo na TV, ter uma pessoa especial e que ela goste de você.
Música de Tom com letra de Chico, frango caipira em pensão do interior, ouvir uma palavra amável, ter uma surpresa agradável, ver a banda passar.
Noite de lua cheia, rever uma velha amizade, ter fé em Deus... Não ter que ouvir a palavra não nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança, ouvir canto de passarinho, sarar de resfriado, escrever um poema de amor, que nunca será rasgado.
Formar um par ideal, tomar banho de cachoeira, pegar um bronzeado legal, aprender uma nova canção...esperar alguém na estação.
Queijo com goiabada, pôr-do-sol na roça... Uma festa, um violão, uma seresta. Recordar um amor antigo, ter um ombro sempre amigo, bater palmas de alegria.
Uma tarde amena, calçar um velho chinelo, sentar numa velha poltrona, tocar violão para alguém, ouvir a chuva no telhado, vinho branco, Bolero de Ravel e ...
...muito carinho meu.”

Um comentário:

  1. Ás vezes a gente gosta de curtir a ressaca, nos dois sentidos de curtir. Acho que gostamos de ser protagonistas dos nossos próprios filmes, e em alguns dias tentamos arrebatar a audiência com drama. Na maioria das vezes, como você mesmo disse, é em vão.

    Um beijo, Marcão!
    (pergunta para o Alê, sempre que falo de você não consigo ser chique e falar Marcón, sempre sai um Marcão - tipo domingo com futebol. :)

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