terça-feira, 22 de setembro de 2009

Extinção

Tente abraçar um desconhecido e fazê-lo perceber que vocês um dia já foram amigos. Mas o que os separaram? Horas.... dias.... semanas... meses? Pouco importa! Eles se debateram e voaram, mas não sem antes se arranharem mais uma vez.


Qual o maior erro, pecado ou perdão? Pouco importa! Os sentimentos e reações são individuais. Não importa a diferença dos atos, a mágoa é soberana. Talvez a morte de quem ainda vive seja mais triste ou torturante.


Resta guardar o passado doce e maravilhoso. As promessas foram todas dissolvidas pelo tempo. Não lhe conheço mais, são seus traços; mas não é você. Seus gestos estão bem longe das minhas lembranças. Talvez tenha sido a vez que mais nos ouvimos, pois deixamos de sermos surdos, moucos... mocos.


A extinção se encaminha. Os últimos da espécie sumiram, se transformaram, morreram. Por erro de um, vontade do outro? Não importa! Mudaram. Talvez ainda voltem a ser da espécie – melhor para si -, mas ainda assim, a distância promove a extinção. Agora são apenas desconhecidos.