quarta-feira, 24 de junho de 2009

Não apague a luz!

Sinto-me só! A multidão a minha volta em festa não me completa. Mas a festa é minha!


Meus sentimentos de ficar sozinho não são os de ser só. Dos dançantes me afasto, não há dança na solidão, não há dança da solidão!


Um a um, eles vão embora. Alguns saem sem cerimônia, outros até se esforçam em ficar. Há um berro na minha garganta para que fiquem, mas ele morre no meu sentimento de mutilado. Perdi meu apoio, perdi meu sorriso, perdi meu pedaço. A saudade me tortura, mas o tempo não pára, tampouco voltará. Agora só resta o último apagar a luz. Mas não a apague! Tenho medo da solidão!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Escrevo...

Não escrevo para que alguém leia. Não escrevo para outros. Não escrevo pensamentos incríveis ou análises fascinantes. Escrevo para mim. Para as dezenas de mundos que existem na minha cabeça e eu insisto em transformar em apenas um. Escrevo como um alívio, uma válvula de escape para meus pensamentos, que talvez não seja tão complexo, mas que com certeza são confusos e díspares. Escrevo para a lágrima de um drama, riso de uma graça, sorriso de uma criança, tristeza de uma névoa. Escrevo para todos que existem dentro de mim, para que assim eu me permita entende-los, como apenas um, mas na complexidade de ser tantos.