quarta-feira, 6 de março de 2019

Essa carta é só uma declaração

Eu chamo de carta porque é mais poético que textão meloso em um blog.

É uma declaração porque não tem réplica. Só quero falar.

É direto. Sem estômago para figurar ou poetizar. Só quero tirar de mim.

Será meu último texto aqui. É tipo um adeus.

Um apagar das luzes. Tiro de misericórdia.

Adeus, viola.

Eu só preciso tirar isso de mim.

Para isso, essa carta de declaração.

Cartas de declaração são boas porque posso ser sincero contigo e comigo.

Mas essa minha declaração é também uma desistência.

Desistência de manter esse sentimento em mim.

Isso se chama desesperança.

Tá tocando “Tu sei” do Ludovico Einaudi. Pareceu uma boa trilha sonora pra isso.

O albúm dele no The Royal Albert Hall Concert deveria ser ouvido por todos. É tão bonito.

.

É tão raro encontrar quem nos mexe tão intensamente e em tanto pouco tempo.

É tão raro uma conexão tão forte. Recíproca.

Isso deveria ser bom, mas coração partido é uma bosta.

Se sou ruim em me declarar. Sou bom em entender pequenos detalhes.

É nele que esperava ter te passado o que sentia. Mas sinto que falhei.

Mas foi nele que me senti amado por ti.

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Nunca vou esquecer da nossa primeira noite.

Lembro na cama, depois do sexo, você deitada em mim passando os dedos na minha barba, no meu nariz e me olhando nos olhos.

Você tem um olhar muito penetrante.

Eu tava numa época bosta, mal resolvido comigo e meu vô internado. Foi a única época que minha mãe pediu que eu tivesse do lado dela. Eu tinha que ir embora.

Eu levantei, fui no banheiro, me vesti e, passando pelo corredor, vi você ajoelhada na cama enrolada nos lençóis e me pediu: FICA.

A gente não entende na hora. Acha que é tesão. Sexo. Vontade.

É tão raro ter uma conexão tão forte, intensa e tão rápida.

Eu tenho esse momento guardado de modo tão especial.

Acho que demorei pra perceber como fui tão conquistado nessa noite.

Me senti tão teu. Te senti tão minha.

Não em posse, mas em sentimento.

Eu chamo isso de amor.

Eu sai sorrindo da sua casa.

Isso se chama felicidade.

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Na sua última noite no Brasil, a gente foi num pub.

Nesse dia, no pub, eu te mostrei meu blog com meus textos muito pessoais. Tenho vergonha e acho alguns toscos, outros tão bonitos.

No caso, era esse o blog.

Eu nunca tinha mostrado para alguém que não fosse um ombro amigo. Talvez cerca de cinco ombros amigos.

Eu queria tanto ter mais tempo com você. Termos nos mostrado mais.

Mas você ia embora em 2 dias.

Você falava de coisas, se abria e me dizia que para poucos falava de tudo aquilo.

Isso se chama conexão.

.

A gente teve uma discussão boboca, que quebrou o clima. Foi ruim.

Salários de arquitetos. Mérito de justiça salarial. Luciana Gimenez.

Você ficou brava comigo e eu contigo.

Você enfrenta os outros.

Você procura desconstruir o que nos ensinam em nossa sociedade escrota machista, homofóbica, elitista e racista.

Eu adoro isso.

Eu sinto muita dificuldade em desconstruir o que sou. Um homem, branco e hétero.

Mas eu tento conseguir. Eu quero conseguir.

Eu queria ter mais tempo com você.

Te ouvir. Aprender. Ensinar. Trocar ideias.

Ouvir suspiros.

Mas você ia embora em 2 dias.

A gente é cabeça dura e ia dar muita briga. Faz parte.

Isso se chama aprender.

E sexo de reconciliação é tão bom.

.

Você é uma pessoa incrível, deveria saber disso.

Eu te admiro pra caralho.

Você tem uma força tão grande que parece nem saber.

Você é daquelas pessoas que eu queria que tivesse sempre bem. Que eu queria fazer bem.

Isso se chama admiração.

.

Nessa nossa última noite, eu não soube reagir em como você se entregara completamente.

Eu acho incrível nossa conexão na cama.

Você reclamou. Você tinha razão.

Eu não soube reagir porque a unica coisa que veio na minha cabeça era falar que tava amando.

Lembro que fiquei balbuciando palavras porque tinha decidido não me declarar.

Me segurei.

Eu me senti amado.

Você ia embora em 2 dias.

Eu queria que você ficasse.

Eu queria tanto que você ficasse.

Eu queria tanto te pedir para ficar.

Eu só falei que eu gostava de você.

Eu devia ter falado tudo.

Eu te queria tanto.

Eu deveria ter falado que eu te queria tanto.

Eu não sei porque tive e tenho tanto medo de me abrir em palavras.

Acho que senti tanta intensidade com você que fiquei com medo de te assustar.

Devia ter me arriscado.

Sempre tive medo de te assustar.

Ás vezes eu só queria falar tudo que não falei em todos nossos meses juntos.

Isso se chama arrependimento.

.

Você passou o dia seguinte me dando cafuné enquanto jogava Nintendo e eu morria de ressaca.

Isso tudo se chama amor.

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Lembro de você me procurar pra falar do cara que tentou te agarrar em Roma e eu reagir escrotamente. Nunca vou me perdoar.

Nunca.

Isso se chama decepção.

Você comigo.

Eu comigo.

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Eu tive tanta saudades de você durante seu intercambio.

Tanta.

Lembro de você falando comigo todos dias no intercambio durante os primeiros meses.

De reclamar da cidade.

Do frio.

De mandar fotos das vistas.

De trocarmos fotos.

Eu morria de saudades.

Falar dos planos de viagens.

De você escalar.

De se sentir sozinha.

De eu ser sua companhia.

De me fazer sentir saudades.

De pedir ajuda, conselhos e me chamar pra te visitar.

De filmar sua casa inteira – inclusive a teia de aranha que tinha no seu quarto.

De contar história do francês estranho, do incêndio, de tudo.

Eu mentia pra mim que eu não te queria tanto.

Eu sentia que tava te perdendo, mas não seria justo eu te amarrar.

Eu falava bobagens para não te atrapalhar.

Eu não queria me colocar na frente da experiência que você podia ter.

Eu queria tanto que você não me esquecesse.

Eu queria tanto que você não tivesse me esquecido.

Eu sofri tanto de saudades de você.

Isso se chama amor.

.

Eu nunca te falei, mas eu cheguei a procurar passagem pra te ver.

A gente conversou por Skype e você reclamava do tédio e do frio.

Eu tinha decidido te ver.

Planejei te ver, meio de surpresa, e ir estudar alemão.

Mas desisti. Queria que seu intercambio fosse o seu momento.

Queria que você aproveitasse tudo.

Queria tanto que você não me esquecesse.

Queria tanto que você não tivesse me esquecido.

Eu estaria aqui te esperando. Eu queria te esperar. Eu falei que esperaria.

Eu esperei.

Você não saia da minha cabeça, não importa o que eu fizesse.

Você não sai da minha cabeça.

Mas chegou a hora de sair.

Infelizmente.

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Lembro de você ser minha companhia a distância no casamento que fui sozinho.

De ficar escolhendo uma flor pra você.

E uns docinhos.

De proteger ela do meu acidente.

Isso se chama carinho.

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Eu adoro os olhinhos dormindo em mim.

Porque se não entendeu todo esse texto, eu me apaixono nos detalhes.

E eu amava você se encaixando pra dormir em cima de mim. Na cama, no filme.

Sentir seu coração batendo em cima de mim enquanto você dormia.

De passar o braço por você e te apertar um pouquinho.

De sentir sua respiração.

Seu frio tentando roubar meu calor.

Isso se chama fofura.

Você parecia tão bem. Tão calma. A gente parecia tão certo.

São esses detalhes que fazem a diferença.

Aquele seu olhar de brava. Seu famoso coração peludo nunca existiu comigo.

Sempre te achei tão aberta, carinhosa, querida.

Tão honesta.

A gente parecia tão certo.

Isso se chama conexão.

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Lembro de você, uns 10 dias antes de terminarmos, de falar pra escolhermos uma série pra vermos juntos.

E eu escolhi.

Isso se chama chamego.

De você falar pra eu não fazer mestrado fora.

De pedir para fazer no Brasil.

Isso se chama apego.

.

Você não sabe, mas isso me fez entender que eu quero ficar por aqui.

Foi uma das coisas que você me ajudou a evoluir.

Eu sou grato por você me mostrar. Você deveria saber que me fez entender isso.

Lembro que eu falei que seria difícil eu ir.

Tinha a Raissa. Tinha você.

Tinha você.

É amor o nome disso.

Era tudo verdade isso. Era eu tentando me declarar, mas com medo de você se assustar.

E isso me fez pensar em tudo. Em todos. Em entender o quanto eu quero ficar por aqui.

Tem tanta coisa aqui que eu quero que esteja na minha vida.

Tem tanta coisa aqui que eu quero fazer.

Você me fez ver isso. Com algumas frases e sentimentos.

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Eu até hoje fico chateado e não entendo porque você não explicou porque não funcionaríamos.

Você não entende como me magoa não saber isso?

Você devia ter falado.

Você devia falar.

E ia ficar tudo bem.

Eu podia me arrumar disso. Me construir. Para mim.

Para eu ser alguém melhor.

É a única mágoa que tenho de você.

Isso se chama maldade.

.

Eu fico pensando no dia no bar, quando te beijei antes de ir embora no dia de nosso fim.

Fico pensando se eu não deveria ter continuado te beijando, pra te mostrar que aquilo não devia acabar.

Enquanto você me dava o último beijo e chorava.

Eu nunca me arrisquei muito com você, nunca forcei a barra com você.

Eu quis te respeitar. Seu momento. Sua vontade.

Talvez eu devesse ter me arriscado muito mais.

Mas achei que se eu insistisse, iria deixar tudo tóxico.

Por mais que eu ache que nos gostamos tanto, a gente precisa ter algo saudável.

A gente parecia tão certo.

A gente tem uma conexão tão foda.

Você sabia que se você visse que queria voltar, era só dar um passo pra mim.

Você sabe disso.

Sabe que eu não vou dar.

Por respeito.

Por medo.

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Eu te falei no ano novo, na cama da casa de praia, que eu sabia que ia sofrer muito por te gostar.

Não era um pedido. Era um aviso, como quem diz:

"Olha, eu vou ficar estranho.

Vou ficar triste.

É normal.

Não me julgue.

Tente me entender.

Não vamos nos assustar por isso.

Eu aceito nosso fim. Eu nunca forcei a barra, sempre tentei respeitar.

Mas eu te gosto tanto.

Tanto.

E vou sofrer tanto por isso.

Vamos ficar bem?

Quero a gente sempre bem"

E sofri pra caralho.

Não tinha jeito.

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Durante esse carnaval, muitas vezes eu quis te falar o quanto eu me arrependia de ter ido pra sua casa na nossa primeira noite. De poder não ter tido nada contigo e não estar tão mal.

Mas não falei.

A gente não deveria se arrepender de ter bons momentos.

O ruim de gostar de alguém é que a tristeza do coração partido é proporcional a esse sentimento.

E eu fiquei triturado.

A vida, às vezes, é uma grande bosta.

.

Eu gostava tanto de carnaval.

E de você.

E eu gosto de gostar de você.

Mas estou despedaçado.

Eu quase te entendo no carnaval.

Eu quase me entendo no carnaval.

Acho que poderia ter feito as coisas diferentes.

Eu sei que carnaval é carnaval.

Eu sei da leveza do carnaval.

Eu adoro a leveza do carnaval.

Eu sei que você ama carnaval.

Eu sei que você quer muito ser livre.

E você é.

Mas precisava ser tudo tão na minha frente?

.

Eu não quero te engaiolar.

Eu nunca quis te engaiolar.

Por isso quis te deixar livre na sua viagem.

Por isso tentei não te pressionar quando voltamos.

Eu quero te ver voar. Eu quero te ver tranquila.

Mas quero estar do seu ladinho. É brega, mas é exatamente isso.

Ninguém deve oprimir ninguém.

Você pode fazer o que quiser.

Eu sei.

Mas precisava ser tudo tão na minha frente?

.

Eu fico pensando se eu não devia ter te dado um beijo no carnaval.

Tirado uma casquinha.

Ser leve.

Mas você sempre pareceu se esforçar pra não dar nenhuma brecha.

E tudo bem.

Eu fico com medo de me arriscar. Imagine em pleno carnaval ouvir de você um não.

Eu iria desmanchar.

Isso se chama medo.

Ás vezes eu só queria sentir o seu beijo.

Te beijar.

Te agarrar.

Isso se chama desejo.

.

Eu queria falar que passei quase todos blocos longe dos meus amigos pra não te ver no carnaval.

Pra não ver o que eu não queria.

Pra não atrapalhar seu carnaval.

Pra não tirar isso de você.

E mesmo assim tudo aconteceu na minha frente.

Isso se chama crueldade.

.

Eu só fui morrendo e me segurando, mas não deu.

Eu acho que explodi por ter que segurar tudo sozinho.

Eu nunca pude falar abertamente pra todos como eu tava tão bem do seu lado.

Eu nunca pude falar abertamente para todos como eu tava com saudades na sua viagem.

Eu nunca pude falar abertamente para todos como eu tava triste com o nosso fim.

Eu nunca pude falar abertamente para todos como eu gosto de você.

Eu nunca entendi exatamente porque nunca deixamos que soubessem de nós depois que nos tínhamos.

Eu nunca entendi porque você me pediu tanto pra manter em segredo.

Eu nunca me importei, porque eu só queria estar contigo.

Mas eu não sabia que iria virar uma bomba e que eu não aguentaria guardar tudo sozinho.

Eu não aguentei.

Eu desabei. Voltei meses de sentimento. Para o bar quando você em lágrimas decidiu acabar.

Você parecia gostar tanto de mim, mas que sabia que precisava fazer aquilo.

Até essa semana, eu nunca tinha chorado na sarjeta por alguém.

Na poesia é bonita, na pratica não.

Isso se chama tristeza.

.

Não vou pedir desculpa por falar pra outros o que eu sinto por você.

Sentar na sarjeta e chorar estava fora dos meus planos.

Eu precisava soltar para os que vieram me esquentar.

Na hora a dor foi tão intensa. Como eu disse, é proporcional ao que sinto.

Eu explodi.

Isso se chama sobrevivência.

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Eu sempre achei que não precisava falar o quanto te gosto. Que a gente sentia a nossa conexão.

Isso se chama erro.

Deveria ter falado sempre que possível.

Isso também se chama medo.

Medo de te assustar.

Medo de atrapalhar a sua viagem (odeio você ter ido).

Medo de me abrir.

Que babaquisse a minha.

É essencial sentir e fazer sentir.

Mas é tão gostoso ouvir como somos queridos.

Devia ter te falado sempre.

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No fundo, a vida é a procura dos encontros.

E é tão difícil achar e ser achado.

E acredito que nós fomos.

Eu acho que eu tava numa época péssima na nossa primeira vez juntos.

Sentia você torta na segunda.

Isso se chama timing de merda.

A vida, às vezes, é tão injusta.

Mas as coisas se constroem. Se superam.

Hoje tô me encontrando bastante.

Você me ajudou muito nisso. Você nem sabe disso.

Quando conversávamos, você sempre me fazia pensar. Andar. Evoluir.

Mas acho que a gente nunca conversou realmente sobre a gente. De nos construir, nos abrir.

Nunca conversamos o que queríamos de nós. O que seríamos de nós.

Um namoro? Um relacionamento? Fechado? Aberto? De cima? De baixo?

Eu nunca quis te pressionar.

Eu só queria estar com você. Estar estável com você.

Estar bem contigo. Você estar bem comigo. Saber que nos gostávamos.

Acho que a gente devia ter nos entendido mais.

Eu só queria poder te ter.

Eu só queria poder ser teu.

Mas estar também precisa ser construído.

E só fomos indo.

A gente foi indo torto e errado. Sem saber como ir.

Mas acho que foi um erro. Dos dois.

A gente podia ir conversando, nos ajustando, nos curtindo, nos entendendo.

Cada um no seu momento. Sem se atropelar.

Mas a gente viveu uma rotina que não nos evoluía.

Pessoas se constrói. Rotinas destroem.

A gente viveu só na rotina.

Fizemos o pior que um relacionamento poderia ter.

Rotina  desgastante de algumas horinhas juntas sem evoluir, sem nos arrumar, sem criar.

Não ir se entendendo.

Eu queria ter feito tanta coisa com você. Ter ido a tantos lugares.

A gente tem uma puta conexão.

Você sabe disso.

Isso é tão difícil de acontecer.

Isso se chama raridade.

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Eu tenho outros tantos pequenos detalhes que me mostram como te amei.

Eu tenho outros tantos pequenos detalhes que me mostram como fui amado.

Por isso que insisto que a gente funfa.

É por isso que insisti na gente. Insisti mantendo o que gosto dentro de mim.

E eu ainda sei que você ainda sente algo por mim.

Não sei o nível, intensidade ou palavras. Mas eu sei.

Por isso uma pena deixar isso passar.

Mas vai passar.

Isso se chama aceitação.

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Você é uma pessoa incrível e você nem tem ideia disso.

Eu só queria dizer isso.

E queria que você me guardasse com carinho.

Porque te tenho tão carinhosamente guardada em mim.

Não queria que virássemos coisas perdidas pelo caminho

Mas depois de me quebrar, vi que tá atrapalhando eu me manter gostando de você.

Aqui que entra a desistência.

Eu confio que você ainda não me esqueceu.

Eu queria outra chance.

Mas se não tenho, melhor te esquecer.

E tudo bem.

Talvez a gente se encontre no futuro, os dois mais arrumados.

Ou talvez não. Talvez a gente se encontre com outros.

E tudo bem.

Vai ficar tudo bem.

Vou te guardar em mim no meu cofrinho.

E vou fazer isso passar.

Quero a gente bem.

Vai ficar tudo bem.

Sem eu ser um estorvo, sem eu ser um ranço.

Sem eu ter uma mágoa, sem eu ter uma tristeza.

Vai ficar tudo bem.

Pra gente ficar perto tranquilos.

Sem todo esse sentimento.

Só um carinho.

Vou fazer tudo isso passar.

Só queria te dizer tudo isso antes.

Como uma declaração.

Minha última grande melosidade.

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Eu nunca vou esquecer você ajoelhada, enrolada nos lençóis, pedindo pra eu ficar.

(Me lembra a cena do filme “A grande beleza”)

Essa minha memória é a minha grande beleza.

Isso se chama amor.

Eu sorria estando com você.

Isso se chama felicidade.

E eu só queria dizer que te amo gatinha.

Eu te amo.

E chega.

Smack.